BOP!

Victor E. Folquening escreve, você lê e diz alguma coisa

Minha foto
Nome:
Local: Curitiba, Paraná, Brazil

Grupo de gestores para soluções estratégicas nas Faculdades Integradas do Brasil

segunda-feira, setembro 03, 2007

QUEREMOS SER JASON BOURNE!


O personagem de Matt Damon é deprimido, sofre e pratica violência num ritmo frenético. É um chato sem senso de humor.

Mas eu me pego desejando ser Jason Bourne no meio daquela confusão de câmera tremida, corte nervoso, edição de som que preenche até os poros. E eu nem tenho qualquer simpatia por essas firulas de filmagem.

O fato é que o personagem é inteligente.

Inteligente, do jeito clássico. Não estou dizendo que "a construção do personagem é inteligente" ou que o roteiro lhe dá "profundidade" ou que sua personalidade é cheia de "contradições que dão caráter humano ao protagonista". Essas besteiras.

Digo que eu compro a idéia de fingir que sou o cara que está correndo e pulando ali na tela. Não compro assim, sonhador, como um espectador que não se importa com a linguagem do cinema. Assumo a sensação que invejo e me delicio com personagens que ganham do vilão ou do herói, resolvem problemas quase insolúveis ou arrancam o beijo porque são mais malandros que o resto da humanidade.

Sherlock Holmes, Robinson Crusoe, McGyver, Columbo, Monk, dr. House, Miss Marple, Hercule Poirot, inspetor Maigret, capitão Kirk, Spirit, Tio Patinhas, Tin Tin, Hannibal Lecter... no momento crucial, eles surpreendem todo mundo com a solução que nenhum indivíduo "sensato" ousaria arriscar.

Inteligência é sempre subversão.

O primeiro livro que li sozinho foi uma edição de capa dura e amarela de Robinson Crusoe, traduzida pelo Monteiro Lobato. Aos cinco anos, acho. Talvez exista um mistério fundador de nossa personalidade em relação aos livros. Até hoje volto ao Crusoe com vontade de reviver aquelas fantasias que passei a infância toda alimentando. Mas agora eu espero chover a ponto de ouvir a água açoitar a janela, espero que seja à tarde, espero que alguém apareça com café e leite, pão feito em casa, e espero esquecer a caneca esfriando, tão interessado no capítulo chamado "Me sinto feliz como um rei".

E depois dormir e sonhar com problemas dificílimos de resolver naquela ilha, tão difíceis que só inteligência e força de vontade seriam capazes de superar.

O problema de ficar velho é que essas coisas nunca mais são inusitadas.

Ultimato Bourne não devolve o prazer da ingenuidade. Mas nos lembra o bom, velho e maniqueísta ideal europeu: o cérebro é o que importa.

***

Ali, sobre o texto, a foto da equipe renovada do Holofote. Alguns membros importantes permanecem e os novos integrantes estão me orgulhando com a rapidez, criativade e disposição. A Priscilla Cesar foi chamada para trabalhar numa tv e, diante da falta, a Katy Mary, de verde, assumiu a poltrona com brilho. Ao lado da Katy, de cinza e com um aspecto brooklin dos anos 80, a Nena Inoue, diretora do ACT.
Da esquerda para a direita: Bianca (segundo período de Jornalismo), Sheila (quarto período), Rodolfo (sexto), o feioso eu, Juliana (segundo), professora Suyanne, Tati Eusébio (primeiro), Katy (segundo), Thiago (terceiro), Nena, João Luís (primeiro) e o grande Adeilson (segundo). A fotógrafa é a Grazieli, que está caminhando para o terceiro.

Amanhã, o irrepetível Dary Júnior será nosso entrevistado. O Dary é o vocalista do Terminal Guadalupe, banda curitibana que recebeu cotação máxima na Ilustrada de hoje. O Holofote é exibido no domingo, meio dia, na TV Comunitária (canal 5 na Net e 72 na TVA).

8 Comments:

Blogger Jaciara said...

Este último filme do Bourne me deu a certeza de que, além da espetaculosa rapidez de raciocínio, ele tem esqueleto de adamantium. Pena que não estou tendo acesso ao Holofote, mas desejo muito sucesso a você e a toda a equipe. Legal ver "a juventude" conquistando um espaço pra fazer valer uma formação universitária que o mercado historicamente não tem lá "comprado" muito.

11/9/07 15:00  
Anonymous Anônimo said...

Hahaha! Jaciara, essas aspas na juventude foi pra deixar claro que é modo de falar?
Coitadinho do porquinho... assim ele fica triste!
Muito bom =)

11/9/07 19:04  
Anonymous Anônimo said...

Ma vâmo atualizar essa bagaça, Vitinho?

14/9/07 19:07  
Blogger Katy Mary said...

Meu pai ainda me chama de "minha jovem" - deixa eu ir ali perguntar se é serio!

Priscilla fófis - diga, pra me consolar, que eu pareço mais nova que o Victor, ok?!

14/9/07 19:27  
Blogger Priscilla Cesar said...

Rá, mais jovem e mais bonita!
Mas, o porco aranha tem seu charme =)

15/9/07 10:52  
Blogger Escritório de Gestão Integrada said...

Puxa, eu perdi o dia de esculhambar o velhinho! Tenho certeza que a Jaciara não queria me chamar de vovô no post... Priscilla e Katy, vou dar bengaladas na cabeça das duas. Jaciara, me salve.
Benett: olha lá. Meio na malandragem, mas atualizei...

15/9/07 11:52  
Blogger Jaciara said...

Ei, pessoal, é que como tô chegando a uma década de formada, todo mundo na casa dos 20 que faz faculdade pra mim é jovenzinho!!!
E calma, Victor, deixa eu pegar meu andador primeiro!

17/9/07 18:02  
Blogger Jaciara said...

Este comentário foi removido pelo autor.

17/9/07 18:02  

Postar um comentário

<< Home