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Victor E. Folquening escreve, você lê e diz alguma coisa

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quarta-feira, dezembro 20, 2006

UM NOVO GÊNERO: CELULAR!

O que Cassino Royale, Os Infiltrados e o seriado 24 horas têm em comum?
Assim como a maioria dos filmes de ação que são lançados todo mês, dependem umbilicalmente de aparelhos celulares.
Se não houvesse celular no mundo, o que seria dos roteiristas?
O curioso é que, cronologicamente, Cassino Royale é anterior a todos os outros 20 filmes de 007. A história se passa antes de O Satânico Dr. No, quando os telefones convencionais eram de discar e tinham um charmoso fio enrolado.
Claro, claro. Liberdade poética, instrumento artístico esplêndido para derrubar essa barreira reacionária do tempo - e garantir a bilheteria merecida.
O novo James Bond é um grande filme de ação, com uma perseguição inicial espetacular: Daniel Craig e o coadjuvante negro de pele queimada pulando feito o Hulk pelas construções no interior de Uganda.
Craig tem seu charme, uns erros humanizadores obrigatórios e o lábio superior talvez um pouco pronunciado além da conta, o que sugere um agente secreto dado a um tipo de vaidade gay, como se concorresse com o antagonista, Le Chiffre, até no beiço (aliás, já estava na hora de as produções americanas-britânicas desistirem de batizar todos os vilões com sotaque francês. Haja rancor!)
Mas a tese escondida do filme é o que há de mais divertido: o homem apaixonado até o limite do açúcar só pode ter os testículos esmagados. Depois de passar por uma sessão de tortura que nos faz, homens, contorcer na poltrona do cinema, James se entrega feito Polliana Moça ao amor de Vesper. Velejam até a Veneza dos apaixonados. Os dois desempregados, vivendo de amor. Ah, um Bond chamado desejo!
Você dirá: é um toque "cínico" do roteiro. Mas espere até as últimas revelações para dizer, com sentimento de vingança, que o imbecil confiou feito um amador na "vagabunda". Como nas novelas do SBT, o amor ainda é mais forte.

5 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Oi Victor,
Achei seu blog (nem sabia que tinha) e passei quase a manhã inteira lendo seus textos. Haha. Muito bons, pra variar. Gostei especialmente das histórias que você já havia contado em aula - eu adoro reprises. Mas aquela do ator cômico é impagável, e olhe que nunca tinha ouvido aquela. Pena que não vou mais ter aula com você pra ouvir outras. De qualquer maneira, fica aqui meu abraço e, como boa cristã (boa?), um feliz natal e ano novo. Cuide-se!

21/12/06 11:36  
Blogger Jean-Philip said...

Ei, assistiu Abril Sangrento na HBO? Fizeram uma maratona Rwanda no canal.

22/12/06 04:18  
Anonymous Anônimo said...

Rá! Peguei você denovo! Essa sacada do celular não era minha? =P
E também a história do amor pós castração? Ahan... você roubou tudo de mim, amor? =P

23/12/06 10:39  
Anonymous Anônimo said...

Oi, Estelita! Finalmente consegui escrever... Obrigado pela leitura! Faça a nossa pós em documentários ou a Arte, Cultura e Saberes Contemporâneos, do Luís, que terei o prazer de ser seu professor, novamente! Feliz Natal!
Jean! Eu vi Abril Sangrento no ano passado, na HBO, mas achei mais burocrático e menos divertido do que Shake Hands with the Devil e Hotel Rwanda. Já leu o Temporada de Facões?
Priscilla! Na verdade, eu sou o Hugh Jackman roubando seus truques naquele filme meia-boca! Beijo.

23/12/06 11:50  
Anonymous Anônimo said...

Priscilla, gatinha... estava pensando... já faz um tempo que roubo suas idéias. Mas o que posso fazer? Você é bem mais esperta do que eu! O que quer por uma idéia nova para o nome do dragãozinho de Komodo? lvU2.

23/12/06 12:34  

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